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Rouxinol: Quem é Nellie Bly?

Rouxinol: Quem é Nellie Bly?

Nellie Bly foi uma das jornalistas pioneiras do século XIX, conhecida por sua coragem, determinação e habilidades de escrita que a tornaram uma figura icônica na história do jornalismo. Seu nome verdadeiro era Elizabeth Jane Cochrane, mas ela adotou o pseudônimo de Nellie Bly quando começou sua carreira no jornalismo.

Nascida em 1864, em Cochran’s Mills, Pensilvânia, Nellie Bly começou sua carreira no jornalismo após convencer o editor do Pittsburgh Dispatch a publicar uma resposta contundente a um artigo misógino. Impressionado com sua escrita, o editor ofereceu a Bly a oportunidade de escrever um artigo sobre as dificuldades que as mulheres enfrentavam na sociedade da época. Esse artigo foi o primeiro de muitos que abordaram questões sociais e políticas importantes, consolidando a reputação de Bly como uma jornalista destemida e perspicaz.

No entanto, foi sua série de reportagens investigativas sobre as condições de tratamento dos pacientes com doenças mentais no Asilo de Mulheres de Blackwell que a tornou famosa. Disfarçada como uma paciente mental, Bly passou dez dias no asilo, experiência que mais tarde resultaria em um livro intitulado “Ten Days in a Mad-House”. Suas investigações expuseram as condições deploráveis em que os pacientes viviam, levando a uma reforma significativa no tratamento de pacientes mentais nos Estados Unidos.

Além de seu trabalho no asilo, Bly também ficou conhecida por suas viagens ao redor do mundo. Em 1889, ela decidiu recriar a viagem de Phileas Fogg, personagem do livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, de Júlio Verne, mas em tempo recorde. Com o apoio do jornal New York World, Bly partiu em sua jornada ao redor do mundo, desafiando as percepções convencionais sobre as capacidades das mulheres. Sua viagem, que durou 72 dias, 6 horas e 11 minutos, capturou a imaginação do público e solidificou seu lugar na história como uma das pioneiras do jornalismo de investigação.

Após seu retorno, Bly continuou a escrever sobre uma variedade de temas, incluindo a condição das mulheres trabalhadoras, a corrupção política e os direitos dos presos. Seu estilo franco e destemido a tornou uma das jornalistas mais respeitadas de sua época, e suas reportagens continuam a inspirar jornalistas e ativistas até hoje.

Além de seu trabalho como jornalista, Nellie Bly foi uma defensora dos direitos das mulheres e das minorias. Ela desafiou as normas de gênero e raça em uma época em que tais atitudes eram consideradas radicais, e suas realizações abriram caminho para as gerações futuras de jornalistas e ativistas.

Nellie Bly faleceu em 1922, deixando para trás um legado duradouro e uma influência duradoura no jornalismo e na defesa dos direitos humanos. Sua coragem, determinação e compromisso com a justiça continuam a inspirar aqueles que buscam a verdade e a igualdade em todo o mundo. Seu trabalho e legado como uma das primeiras repórteres investigativas irão inspirar as futuras gerações de jornalistas e ativistas a lutar pela justiça e pela verdade.